Louro descobre-se num lugar estranho, estrangeiro. Foi roubado do seu mundo e largado ali. Por vezes, lembra-se da mulher que deixou à espera na berma da estrada enquanto foi à procura de transporte. Por vezes, tem ideias que não sabe se são memórias. Por vezes, é surpreendido por uma estranha quietude inquisitiva: pessoas paradas a olhá-lo.
Espera aí… Dantes, o mundo era… real? A história de um homem que, depois de uma eternidade num mundo virtual, se descobre presente no aqui-agora. As palavras, de repente, não servem. O quê, caímos para fora da linguagem? O quê, temos de fazer coisas para parecermos vivos? Presencial é a ideia de um espetáculo sempre possível e aberto — sempre por fazer, mas não menos rigoroso por isso.
Uma peça escrita para o ator montar de diferentes formas, consoante os dias. De acordo com o espaço, o seu estado de espírito, o sentir do mundo... Uma peça escrita como um puzzle ou uma ruína: aberta a um máximo de imaginações. Textos combináveis em diferentes estruturas. A história de homem à nossa frente: o homem daquele momento. Louro não é um estrangeiro, nem um papagaio qualquer. É um tipo como nós, que desaprendeu a vida. Senhoras e senhores, meninos e meninas, um homem pessoal e transmissível! Conseguirá ele tropeçar na direção do real?
Um texto original de Jacinto Lucas Pires, com encenação e atuação de Marcos Barbosa.
Datas 2022 - datas por anunciar
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Fotografia ©Filipe Condado
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